segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Sonho com ela.

Até agora pouco,
Você estava tão palpável,
E foi por pouco, quase senti
Esse teu cheiro indelével,
Teu gosto, teu rosto...
Tudo me deixa em paz

No decorrer da noite / do sonho
Eu sentia um sufoco
Mas é pouco
O que eu quero é você
Palpável, indomável

Acordo e abraço o travesseiro
Mal fecho os olhos
E lá vem você, em seus enleios
Com os cabelos soltos
Ao vento, ah eu me lembro

Prendo seu cabelo,
E seu corpo ao meu,
Apesar de solta
Você fica e me abraça
E nós dois nessa sala
Só saímos quando a noite acaba...

- Mário Arruda

sábado, 13 de setembro de 2014

Faz-me ao desfazer-me

Hoje percebi a falta que você faz
Aquele ar de esperança
Tornando os dias mais alegres,
Sorridentes a sua presença.

Nessa noite,
em que não te vi
Não ouvi, e não te li

Caiu a ficha
Cadê você?
Dentro de mim?

Não, está por ai
Espalhando essa alegria,
Alegria que me desfaz

E ao me desfazer,
Eu me faço, e refaço
Imaginando nós dois
Dentro de um mesmo espaço.

Mário Arruda.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

DESEJO

Onde está você
Senão aqui,
Nos olhos meus?

Refletido
No desejo
Do encontro
Aos olhos teus

Ahh...

Como eu queria,
Você,
Aqui nos braços meus,

E assim,
Sentir o calor,
Da minha união
Aos (a) braços teus.


- Mário Arruda

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ROMANCE

Estou até estranho,
Sem você aqui,
O que será de mim
Nesse fim de noite

Assim,
Sem o romance
Me perco nas teclas...
E aquele lance?

O que me sobra
O travesseiro e as cobertas,
E a imagem daquela porta,
Que ficou aberta...

Olha só que lindo
Um romance,
Seja você bem vivido
Seja você um instante,
Seja bem vindo!

O que seria de mim,
Sem você?
O romance,
O instante...
E se não der certo,
Faço assim, sigo adiante.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

1/2

Cara metade


Eu meio tarde (escrevo)
Você minha cara
Que talvez seja a metade
De alguém
Alguma parte

No fim de tarde
Quem sabe
No amor e na arte
Todos nós procuramos
A metade.

E se você atrasar
Quem sabe
Venha meio tarde
Quem sabe
Perca a sua
Cara metade.


- Mário Arruda.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Criei pra mim


Criei pra mim
Mário Arruda


“Mas fica, meu amor. Quem sabe um dia  por descuido ou poesia, você goste de ficar.” (Chico Buarque).
“Mas fica, meu amor. Quem sabe um dia
por descuido ou poesia, você goste de ficar” 
(Chico Buarque).
Já dizia o romantismo
Idealizar a mulher amada
É fantasiar a si mesmo
Sem desejo não vira realidade
Se não idealizá-la em nada
Meu peito se abre, agora sim
À minha namorada
Essa que criei pra mim
No meu coração, Ana Paula.

De tanto sonhar,
Ficar a imaginar a flor
Com o cravo
A mercê da dor
Mesmo assim não me calo
Quero experimentar algo assim
Continuo a escrever pra ela
Essa que criei pra mim
No meu coração, Ana Bela.

Passei a desenhar minha companhia
À noite o travesseiro me lembrava
Eu parecia um moleque bobo.
A alegria que ele me trazia
De um dia poder amar de novo,
Como Caetano, gostar de quem gosta de mim, enfim.
Decidi por uma garota bacana
Essa que criei pra mim
No meu coração, Ana...

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uma homenagem ao próprio blog ;)

Relacionado ao primeiro post, segue uma "letra", ampliando um pouco o que eu já havia escrito:



Tragos de Ressaca.
Mário Arruda.

Não podemos nos embriagar de tragos
Baratos e vazios,
Preciso de um porre de garrafa cheia,
E antes que ela termine,
Que eu não seja o único bêbado,
Mesmo que eu vomite,
Espero uma ressaca de fundamento.

Desperdiçando sentimentos a esmo,
Bebendo sempre do mesmo, do velho trago.
Só tu e eu mesmo!

Pequenas doses de ilusão,
Sentimentos fúteis, te embragam e te transformam em vão.
Amores e felicidades se vão,
Você fica aqui bebendo um pouco mais e eu não.

Desperdiçando sentimentos a esmo,
Bebendo sempre do mesmo, desse gole.
É o que temos.

De sentimentos vagos, já estou cheio.
Quero mais uma dose, que dessa vez seja forte.
Pois do gole que me sustenta
Há de ser não só de meu alento
De drinks baratos, já estou cansado.
Dessa enxaqueca vazia,
Que graça tem uma ressaca só minha?

Desperdiçando sentimentos a esmo,
Bebendo sempre do mesmo,
Já não somos nós mesmos.